Hoje eu recebi um artigo escrito pelo Kauê Melo, Diretor da divisão de B2B e Monitores da Samsung Brasil, que vale muito a pena compartilhar em sua íntegra! Segue o texto:
A educação é um dos principais pilares de qualquer sociedade, sendo um fator determinante para o desenvolvimento da nação e de seus cidadãos. Assim como qualquer atividade na vida moderna, o ensino também passa por transformações por meio da tecnologia, algo que ficou ainda mais evidente após a pandemia, período em que aulas a distância e o uso de dispositivos eletrônicos passaram a ser aliados e não distrações. Segundo a pesquisa TIC Educação de 2020, apenas 21% das escolas ofertavam conteúdos e atividades remotas antes da pandemia, agora este número saltou para 87%.
E não é apenas o ensino remoto, com uso de celulares e tablets, que se beneficiam das tecnologias no âmbito educacional. Permitir que a sala de aula esteja integrada com alunos e professores que estejam presencialmente com outros remotamente, amplia e potencializa as interações e oportunidades. Isso é possível com a utilização de uma tela totalmente digitalizada. Além de permitir que os aprendizes desfrutem da sensação familiar e natural da escrita tradicional em um formato digital versátil, a conectividade dessas telas proporciona uma experiência colaborativa totalmente sincronizada e de fácil uso. As vantagens são inúmeras, como a conexão com diferentes dispositivos, fazendo uso de conteúdos online para pesquisas, apresentações, trocas de arquivos, vídeos e tarefas. Já existem modelos com sistema operacional integrado, facilitando ainda mais a vida de professores e alunos ao permitir, por exemplo, o espelhamento da apresentação de um trabalho importante ou o envio de material de estudo direto para os dispositivos móveis dos estudantes.
Em uma época que crianças e adolescentes entram em contato com a tecnologia desde cedo, atualizar o sistema de ensino para o digital é o caminho para engajar os estudantes. É o que demonstram os dados do IBGE: só em 2021, 84,7% da população com mais de 10 anos utilizava a internet. Essas telas inteligentes também estão disponíveis em tamanhos menores, ideais para residências, dispensando o uso de computadores robustos para realização de trabalhos escolares ou planejamentos de aulas.
Outro tópico que tem ganhado protagonismo quando falamos de digitalização do ensino é o potencial uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Por meio das diversas possibilidades que essa tecnologia traz, os professores poderiam criar atividades, testes, referências, buscar exemplos para a resolução de problemas e até mesmo a realização de trabalhos com muito mais facilidade e amplitude. Dessa forma os educadores podem investir ainda mais tempo e atenção para os alunos. Esse recurso também deixa o acesso à informação mais democrático, pois com apenas poucas perguntas os estudantes que não têm acesso a livros ou outros métodos tradicionais podem adquirir o conhecimento.
É importante levar em conta que as tecnologias são auxiliares e não substitutos do fator humano. A interação social que as escolas proporcionam são fundamentais para o desenvolvimento dos jovens. Ao mesmo tempo, é de extrema importância o cuidado na maneira como tal tecnologia pode ser usada, evitando o uso malicioso dela, pois pode envolver vários riscos como a disseminação de informações falsas, aumento na incidência de conteúdos plagiados, entre outros. Mesmo assim, é uma pauta que precisa estar na discussão sobre educação, para elaborarmos formas de usar essas soluções de forma benéfica e assertiva.
Mesmo com um cenário bastante promissor com a digitalização do ensino, ainda existem muitos desafios a serem superados. Segundo um estudo do British Council, uma organização internacional do Reino Unido, e publicado pela Agência Brasil, a formação dos professores para o uso dessas novas tecnologias ainda é um entrave para a disseminação da inclusão digital, enquanto a infraestrutura é o principal vilão. Em uma autoavaliação feita por mais de 100 mil professores brasileiros de educação básica, grande parte afirma que não se sente apto a utilizar a tecnologia para nada além daquilo que fazem em sua vida pessoal.
Mesmo o País tento atualmente 149 milhões de usuários conectados à internet, segundo dados recentes trazidos pela pesquisa TIC Domicílios 2022, é fundamental ter em mente que apenas inserir essas ferramentas no ambiente educacional não é o suficiente, mas também é necessário focar em soluções simples e intuitivas que beneficiem alunos, professores e, consequentemente, a sociedade como um todo.