Paradoxo no mercado de trabalho: Desemprego cai, mas empresas sofrem para preencher vagas operacionais

Em um cenário de otimismo com a queda do desemprego no Brasil, um paradoxo desafia o setor produtivo: a crescente dificuldade para preencher vagas operacionais. Enquanto mais brasileiros encontram trabalho, empresas de setores essenciais, como varejo, logística e indústria, lutam para atrair e reter talentos em funções cruciais para o funcionamento de seus negócios, especialmente com a aproximação do aquecido período de fim de ano.
Dados da Gupy mostram que, entre outubro de 2024 e julho de 2025, a indústria foi um dos segmentos com maior crescimento médio em contratações. O tempo de contratação também foi reduzido em até 50% entre empresas de todos os segmentos que utilizam suas ferramentas. No cenário macroeconômico, o Novo Caged apontou a criação de 654 mil empregos formais no primeiro trimestre de 2025, com destaque para os setores de serviços (362,8 mil) e indústria (153,8 mil), refletindo uma movimentação crescente do mercado.

A equação é complexa. De um lado, a maior oferta de empregos acirra a competição por talentos. De outro, as vagas operacionais frequentemente oferecem condições menos flexíveis, como escalas 6×1 e trabalho presencial obrigatório, que perdem atratividade frente às oportunidades da economia freelancer. O resultado é um aumento na rotatividade e um alto custo para as empresas, afinal, substituir uma pessoa pode custar até 150% do salário anual da posição. 

“O que vemos é um descompasso entre a expectativa do profissional e a realidade de muitas vagas”, analisa Guilherme Dias, CMO e cofundador da Gupy, plataforma de IA número 1 para aquisição e gestão de pessoas na América Latina. “Não basta haver a vaga; é preciso que ela seja atrativa e acessível. Com IA e uma jornada simplificada, é possível preencher posições críticas com velocidade e eficiência, sem perder o foco na experiência do candidato.”

A urgência desse desafio se intensifica com a proximidade das festas e promoções de fim de ano. Projeções de mercado indicam a abertura de milhares de vagas temporárias, e garantir essa mão de obra a tempo é crucial para aproveitar o período de maior consumo do ano. A demora no preenchimento de uma única vaga pode significar perdas de faturamento e eficiência.

Diante deste cenário, a tecnologia surge como uma aliada estratégica para otimizar a atração e seleção de talentos. “A agilidade é o fator crítico, especialmente em áreas com alta rotatividade”, explica Guilherme Dias. Para enfrentar essa barreira, a Gupy desenvolveu ferramentas específicas que auxiliam tanto a jornada do recrutador quanto a de quem busca emprego, como o hunting proativo em seu banco com mais de 8 milhões de candidatos – com projeção de chegar a 20 milhões até o fim de 2025. Além disso, a plataforma amplia o alcance das vagas com recursos como candidatura rápida via WhatsApp (inclusive por áudio), compartilhamento em redes sociais e geração de QR Code para impressão em cartazes fixados nas lojas e fábricas.

Além disso, ações em massa permitem movimentar grupos de candidatos entre etapas ou enviar comunicações em lote, garantindo escala e eficiência aos processos. Os candidatos também contam com suporte dedicado, o que reforça o compromisso da plataforma com uma experiência inclusiva e eficiente.

O desafio da empregabilidade, no entanto, vai além da contratação: segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, o Brasil precisará qualificar 14 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2027, exigindo um esforço conjunto entre empresas, governo e tecnologia para garantir a continuidade do crescimento com base em capital humano.

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