Barca sustentável retira 9.000 kg de plástico descartado no oceano

Em sua primeira operação, “Jenny” que é um dispositivo flutuante de limpeza aquático composto por dois barcos arrastando uma longa rede em forma de “U” atrás deles, recentemente recolheu 9.000 Kg de lixo no oceano e foi considerado um sucesso absoluto!

Como anunciado pelo inventor e empresário holandês Boyan Slat: “a Grande Mancha de Lixo do Pacífico agora pode ser limpa”.

Testes recentes em sua embarcação Ocean Cleanup, chamada “System 002”, criada para lidar com os 1,8 trilhão de detritos plásticos espalhados no mar foram um sucesso, levando Slat a prever que a maioria das manchas de lixo oceânicas poderiam ser removidas até 2040.

Com o passar dos anos, as muitas interseções que formam as correntes oceânicas criaram enormes ilhas flutuantes de lixo plástico – cinco redemoinhos lentos que puxam o lixo de milhares de quilômetros de distância para um único lugar. O maior deles fica entre a Califórnia e o Havaí, e Slat tem projetado e testado seus sistemas para limpá-lo em curto prazo, partindo de sua base em San Francisco, nos EUA.

Vale ressaltar que este sistema é neutro em carbono, capaz de capturar microplásticos tão pequenos quanto 1 milímetro de diâmetro, e não oferece ameaça ou risco à segurança dos animais selvagens, pois é equipado com câmeras, radares e alertas sonoros.

A Ocean Cleanup utiliza modelagem computacional para prever onde e em que velocidade os movimentos na água irão deslocar o plástico. Em seguida, enchem a rede de lixo, puxam ela a bordo e a encaminham até a costa, onde o material é reciclado.

A equipe também está transformando parte do lixo que coleta em óculos de sol, e os ganhos com a venda desses produtos serão destinados a organização sem fins lucrativos que também atuam na limpeza das águas. A linha de óculos feitos com material reciclado é a primeira do tipo a ser criado a partir de detritos oceânicos recuperados – mas Boyan Slat afirma que não será a última.

Slat estima que 10 embarcações como a “Jennie” poderiam limpar metade da área de lixo em cinco anos, e se dez Jennies fossem implantadas nos cinco maiores giros oceânicos, 90% de todo o plástico flutuante poderia ser removido até 2040.

Existem outros desafios, como o fato de que milhões de novos pedaços de plástico fluem para os oceanos todos os anos e que os investidores podem acreditar que a limpeza dos rios é mais fácil, mais barata e não requer o uso de combustíveis fósseis para mover os barcos. E é por isso que a organização sem fins lucrativos de Slat também lançou uma série de barcas “interceptadoras” para limpar rios poluentes, interceptando o plástico antes que ele chegue ao oceano.

Apesar de todas as dificuldades, esse é mais um grande avanço na luta para recuperação de nossos oceanos, parte fundamental para o equilíbrio do planeta.

Via: Razões para acreditar.

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