Desde o ano passado, os usuários da Samsung Art Store têm a oportunidade de exibir obras de arte icônicas do The Metropolitan Museum of Art (The Met) na The Frame, transformando suas TVs em telas digitais que adicionam um toque artístico a qualquer ambiente. Nessa parceria com a Samsung, o público tem acesso a experiências digitais imersivas que permitem apreciar artefatos históricos no conforto de suas casas.
O The Met busca ampliar a educação artística ao explorar novas formas de utilizar a tecnologia para promover o intercâmbio cultural e inspirar o público ao redor do mundo. O objetivo é diminuir a distância entre o passado e o presente, criando um futuro onde a beleza e a criatividade possam prosperar em qualquer lugar.
A Samsung Newsroom entrevistou Stephen Mannello, chefe de varejo e licenciamento do The Met, para discutir a parceria com a Samsung e como a tecnologia pode influenciar positivamente a experiência do museu.
Uma nova parceria para a era digital
P: Qual é a sua função no The Met? Como você influencia a experiência do museu e do visitante?
Sou chefe de varejo e licenciamento do The Met, minha função envolve colaborar com a The Met Store e nossos parceiros licenciados para desenvolver produtos, publicações e experiências inspiradas na vasta coleção de arte do museu, que abrange 5.000 anos de história. Nosso objetivo é disponibilizar esses produtos aos consumidores em todo o mundo.
Esta posição me proporciona uma oportunidade única de estabelecer uma conexão significativa com visitantes e consumidores, oferecendo produtos que os envolvem, educam e inspiram a explorar as 19 diferentes áreas de coleção do The Met de maneiras inovadoras. Os recursos gerados por nosso trabalho são direcionados para apoiar o estudo, conservação e apresentação da coleção do The Met, garantindo que haja um impacto tangível nos produtos e experiências que desenvolvemos.
“Estamos entusiasmados em evoluir e experimentar enquanto continuamos a missão do The Met de trazer a arte para o cotidiano, e a tecnologia desempenha um papel essencial para tornar isso possível.”
P: Qual foi o foco inicial do The Met quando iniciou a colaboração com a Samsung Art Store* no outono passado?
Trabalhar com a Samsung Art Store nos permitiu ingressar em um espaço único onde a tecnologia se encontra com a inovação digital e o design de interiores. Nossa coleção inaugural abrange diferentes períodos e locais, incluindo destaques dos 17 departamentos curatoriais do The Met, que os usuários da The Frame podem explorar e exibir em suas casas.
Compartilhar essas adoradas obras com a Samsung Art Store nos possibilitou apresentar uma pequena parte do que o The Met tem a oferecer a um público global de amantes da arte e do design como nunca antes — e isso é apenas o começo do que esperamos que seja uma relação duradoura. Estamos ansiosos para compartilhar mais de nossa coleção e explorar diferentes ofertas temáticas que irão inspirar e encantar os usuários da Samsung Art Store no futuro.
P: Nos últimos meses, qual foi a reação dos usuários da The Frame à coleção do The Met?
Ficamos maravilhados ao constatar a popularidade das obras de arte do The Met na plataforma. Isso representa um verdadeiro testemunho do apelo duradouro de obras como “Campo de trigo com ciprestes”, de Vincent van Gogh, ou “Washington cruzando o rio Delaware”, de Emanuel Leutze, – ambas atrações populares em nossas galerias e reproduzidas lindamente quando são exibidas digitalmente na The Frame.
Impressionismo com The Met e Art Store
P: A Samsung Art Store apresentará neste mês uma seleção de obras impressionistas da coleção do The Met. Qual é o significado dessa nova seleção?
O movimento impressionista teve início em 1874, apenas quatro anos após a fundação do The Met. Embora esses dois eventos sejam independentes um do outro, há um paralelo interessante no espírito revolucionário dos artistas como Edgar Degas e Camille Pissarro – que lideraram a inovação desse estilo radical de fazer arte, enfatizando a vida cotidiana – e na fundação do The Met, que buscava democratizar a arte, tornando-a acessível às massas.
Ao longo dos últimos 150 anos desde o início do movimento, o The Met tornou-se o lar de dezenas de obras impressionistas renomadas que permanecem como favoritas dos visitantes. A beleza visual dessas obras é complementada por suas histórias fascinantes. Por exemplo, “A família Monet no seu jardim em Argenteuil” foi pintada por Edouard Manet em 1874, enquanto os dois artistas estavam de férias próximos um do outro. Enquanto Manet pintava essa obra, Monet, por sua vez, pintava Manet, e Renoir simultaneamente pintava “Madame Monet e seu filho” (atualmente na National Gallery of Art em Washington, DC). Essas obras de arte refletem o vibrante intercâmbio criativo que ocorreu entre os impressionistas no início do movimento.
P: Das obras de arte selecionadas para a Samsung Art Store, quais são as três que você recomendaria para a The Frame?
A primeira é “Vista do Monte Holyoke, Northampton, Massachusetts, após uma tempestade – The Oxbow” (1836), de Thomas Cole. Essa impressionante pintura de paisagem da Escola do Rio Hudson combina a natureza selvagem e os assentamentos pastorais para realçar a beleza do cenário americano, oferecendo uma ampla gama de interpretações possíveis da mensagem do artista. Escondido em primeiro plano, Cole se inclui em seu cavalete capturando a cena de tirar o fôlego. Os detalhes refinados e a natureza enigmática da obra proporcionam uma experiência cativante para quem a contempla em casa.
A próxima é “A parada do circo (Parade de Cirque)” de Georges Seurat (1887-88). Essa pintura inovadora é a primeira cena noturna do artista e a primeira a retratar entretenimento popular. Na época em que foi criada, o desfile, ou espetáculo paralelo, era uma atração gratuita destinada a atrair transeuntes para comprar ingressos para o evento principal do circo. Os excelentes detalhes dessa composição pontilhista são especialmente fáceis de apreciar na The Frame.
Por último, recomendo “Natureza morta com maçãs e um pote de prímulas” de Paul Cézanne (ca. 1890). Essa elegante natureza morta já pertenceu a Claude Monet – um amante da jardinagem – que a recebeu de presente do pintor Paul Helleu, que criou o famoso desenho do teto astrológico na Grand Central Station. Com suas cores ousadas e linhas gráficas, esta bela obra demonstra o domínio de Cézanne na natureza morta e certamente valorizará qualquer ambiente.
P: Em sua opinião, como o The Met empregou a The Frame e a Samsung Art Store para apoiar ainda mais suas aspirações de reunir públicos de diferentes países e culturas e estabelecer conexões inesperadas?
Essa iniciativa digital proporcionou uma valiosa extensão da experiência do museu para o ambiente doméstico. Assim como acontece ao visitar galerias, diferentes obras ressoam em pessoas distintas em momentos diversos de suas vidas. É emocionante observar os usuários selecionando e alterando constantemente as obras de arte exibidas em suas casas, de acordo com seu humor, estética de design ou até mesmo a estação do ano. A visita a museus deve ser uma jornada de descoberta e curiosidade, com um elemento de surpresa. O recurso do The Met na Samsung Art Store é um exemplo de sucesso de tradução de uma experiência física para o ambiente digital.
O impacto da tecnologia na arte e na acessibilidade
P: Qual sua opinião sobre o impacto da arte nos indivíduos e sua influência na cultura coletiva? Como o The Met contribui para esse impacto?
O The Met é um espaço dedicado a inspirar, educar e revelar conexões surpreendentes ao longo do tempo e do espaço. Nossa coleção abrange mais de 1,5 milhão de exemplos das realizações criativas humanas de todo o mundo, oferecendo aos visitantes do museu e do nosso site uma oportunidade única de mergulhar na arte. Vivenciar o The Met e suas obras representa uma oportunidade para reflexão, questionamento e exploração de ideias e criatividade inexploradas.
“Existe uma conexão intrigante entre o espírito revolucionário do movimento impressionista, que trouxe uma nova ênfase à vida cotidiana, e a missão do The Met, que buscava democratizar a arte.”
P: Em sua opinião, porque é que é essencial democratizar o acesso à arte, disponibilizando-a a um público mais vasto através de plataformas como a Samsung Art Store?
Acreditamos que a arte deve ser acessível a todos, mas muitas pessoas que visitam o The Met só conseguem fazê-lo uma única vez na vida. Ampliar o acesso por meio de iniciativas, produtos e experiências digitais nos permite estabelecer relações duradouras com entusiastas da arte em todo o mundo.” Esperamos que ao compartilhar a coleção do The Met na The Frame consigamos desencadear um diálogo significativo sobre cultura e criatividade, abrangendo passado, presente e futuro.
P: Que papel desempenhará a tecnologia na melhoria da experiência do museu, especialmente no contexto de plataformas de arte digital, como a Samsung Art Store?
O envolvimento digital com entusiastas da arte nos permite destacar obras da coleção do The Met de maneiras inovadoras, promovendo a descoberta e a exploração. Isso pode incluir a visualização de obras que não estão em exibição nas galerias, aprender as histórias por trás da arte e dos artistas, ou ampliar os detalhes – essas são apenas algumas das possibilidades iniciais de trazer obras de arte físicas para o espaço digital. Estamos entusiasmados em evoluir e experimentar enquanto continuamos a missão do The Met de trazer a arte para o cotidiano, e a tecnologia desempenha um papel essencial para tornar isso possível.