Celular Seguro: aplicativo recebe atualização para se tornar mais efetivo

O Governo Federal atualizou as funções do aplicativo Celular Seguro, lançado no ano passado. A partir de agora, para facilitar o cadastro, é preciso informar apenas dados básicos, como número de telefone, nome da operadora e marca do aparelho. Dessa forma, não será mais necessário incluir o modelo do aparelho e o IMEI do dispositivo, por exemplo.

Alberto Leite, sócio fundador do Grupo EXA, líder em tecnologia e soluções de segurança digital, defende a ferramenta, pois ela amplia a conscientização da população sobre o tema, mas ressalta a importância de investir em soluções complementares. Para ele, incluir recursos como bloqueio de tela, rastreamento do aparelho e seguro contra extravio de valores bancários seria possível por meio de parcerias ampliadas com os principais desenvolvedores de sistemas operacionais, além de fabricantes de smartphones.

Segundo Alberto, embora o Celular Seguro tenha registrado mais de 1,8 milhões de usuários cadastrados e cerca de 37,6 mil bloqueios, ao se conectar a uma rede Wi-Fi, o criminoso ainda mantém acesso ao dispositivo. “Além disso, o bloqueio imediato da linha telefônica não é garantido, já que o sistema requer até seis horas para enviar a notificação e mais um dia útil para efetivar o pedido”, ressalta.

O novo aplicativo integra uma medida de segurança pública com o propósito de dissuadir esse tipo de crime, que atingiu quase 1 milhão de incidentes registrados em 2022, totalizando 508,3 mil roubos e 490,8 mil furtos de celulares, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. De olho nas estatísticas, a EXA desenvolveu a ferramenta ‘Proteção Pix: dinheiro seguro’, que protege os usuários contra transações bancárias não autorizadas, decorrentes de roubos e furtos. O aplicativo oferece seguro de até 10 mil reais em transferências via Pix, TED ou TEF, cobrindo extravios de qualquer instituição bancária, e permite bloqueio da tela, apagamento de dados e captura de imagens do possível infrator através da câmera frontal.

“O aplicativo ‘Proteção Pix’ surge para sanar algumas das principais preocupações dos consumidores: a quebra de privacidade e a violação de dados e bens financeiros decorrentes dos inúmeros casos de roubo de celulares. Além do reembolso de valores e ferramentas para a recuperação de aparelhos subtraídos, a solução traz outros benefícios significativos, já que auxilia os usuários a preservarem as suas memórias, como fotos e contatos”, afirma Alberto.

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